Rádio Extraclassse Kolping

quinta-feira, 24 de março de 2011

Como organizar o tempo de estudos para o vestibular? Veja dicas

Não existe fórmula mágica de estudos para passar no vestibular, mas são variadas as estratégias, roteiros, planos e pequenas dicas valiosas que orientam o estudante neste momento decisivo da vida. Organizar o tempo é um dos primeiros passos do processo.

Qual o número de horas ideal para se estudar?
Professores de cursinhos afirmam que o ideal é estudar de três a seis horas por dia, fora as aulas. "Para quem vai prestar medicina ou algumas instituições especiais, como ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), é diferente: oito horas de estudos em casa, depois do cursinho pela manha", recomenda Edmilson Motta, coordenador do Curso e Colégio Etapa. Em geral, os especialistas orientam os alunos a manter este ritmo durante a semana. Aos sábados, estuda-se até o meio da tarde e o domingo é dia de descanso.
É preciso, também, considerar a situação do vestibulando. Existem aqueles que estão no último ano do ensino médio, outros fazem só cursinhos pré-vestibular (ou ambos ao mesmo tempo). Há os que trabalham e os que não podem fazer o preparativo.
Os alunos que estão terminando o ensino médio, na maioria dos casos, precisam dedicar parte do tempo à escola. O presidente do Instituto Henfil, Mateus Prado, diz que, neste caso, o estudante pode concentrar no primeiro semestre a dedicação ao terceiro ano. Outra opção é dividir o tempo que destinaria ao estudo para o vestibular, segundo o coordenador do vestibular do Anglo, Alberto Francisco do Nascimento.

Para o candidato trabalhador, os professores recomendam aproveitar todo o tempo livre possível. “Neste caso, é preciso estudar sábados e domingos e aproveitar todos os momentos para ler, quando estiver no transporte público, por exemplo,”, afirma Motta, do Etapa.

O candidato que vai estudar por conta própria terá mais trabalho já na disposição do tempo. Segundo Nascimento, do Anglo, esta pessoa deve dividir o calendário de segunda a sexta-feira, sábado e domingo, estabelecendo dias e horários em que vai estudar cada matéria. Nesta organização, é preciso considerar o peso entre as disciplinas e quais são as mais difíceis para ele. Uma boa maneira de identificar seus pontos fracos e fortes é tentar resolver as provas de vestibulares dos anos anteriores, sugere Prado, do cursinho Henfil. Os conteúdos das disciplinas podem ser obtidos com livros emprestados, em bibliotecas e pela internet.

Como distribuir as horas de estudos em casa
A melhor maneira apontada pelos professores especializados para dividir o tempo de estudos realizados por conta própria é seguir o roteiro das aulas do cursinho. "No período em que for estudar em casa, o ideal é fazer exercícios relativos às aulas que teve anteriormente, para verificar os conhecimentos adquiridos, consolidá-los, e marcar dúvidas”, afirma Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do curso e colégio Objetivo.

“Geralmente, cada aula do cursinho dura 50 minutos. É raro o estudante ser tão organizado a ponto de conseguir repetir os mesmos 50 minutos em casa", afirma Motta, do Etapa. O professor alerta para que se evite gastar mais tempo e dedicação a algumas disciplinas, em detrimento das outras. "Existe uma tendência de estudar mais a área de exatas, por conta dos exercícios".

A orientação para estudar em casa os mesmos conteúdos das aulas daquele dia é válida para o momento de apresentação dos conteúdos. "Depois, no período de revisão (que pode ser maior ou menor, dependendo do cursinho ou escola), é melhor estudar as matérias em que os alunos têm mais dificuldade", recomenda Motta.

Outro ponto importante é a pausa para descanso. "Quando cansar, o estudante deve parar um pouco, de 30 minutos a uma hora de descanso", afirma Vera, do Objetivo. Este tempo pode ser aproveitado para uma atividade física ou artística, que proporcione prazer, contribuindo para a recuperação do cansaço.


Como é que se começa uma redação?

Por: Aprovação vest
Muitas vezes já nos perguntamos isso. Quantas vezes!

Geralmente, dois impasses são os mais evidentes ao se escrever: começar e terminar uma redação; além disso, é claro, outros: pôr título, argumentar em três ou quatro parágrafos...

A tese (parágrafo introdutório ou parágrafo inicial) pode ser obtida através de alguns procedimentos: para tanto, são usadas definições simples, afirmações, citações, seqüências interrogativas, comparações de características históricas, sociais ou geográficas.

Para se elaborar a tese, deve-se ter preocupação fundamental com o tema oferecido, levando-se em conta que o parágrafo introdutório é o norteador de toda a estrutura dissertativa, aquele que carrega uma idéia nuclear a ser utilizada de maneira pertinente em todo o desenvolvimento do texto.

Podemos iniciar nossa dissertação usando os seguintes tipos de tese:

1. Tipos de tese Conceituando (definindo) algo (um processo, uma idéia, uma situação) É a forma mais comum de começar. Exemplo: "Violência é toda ação marginal que nos atinge de maneira irreversível: um tiro que se nos é dado, um assalto sem que esperemos, nosso amigo ou conhecido que perde a vida inesperadamente através de ações inomináveis..."

2. Apresentando dados estatísticos sobre o assunto enfocado pelo tema "Hoje, nas grandes cidades brasileiras, não existe sequer um indivíduo que não tenha sido vítima de violência: 48% das pessoas já foram molestadas, 31% tiveram algum bem pessoal furtado, 15% já se defrontaram com um assaltante dentro de casa, 2% presenciaram assalto a ônibus..." Este tipo de tese não é aconselhável se não se mesclar a direcionamento argumentativo.

3. Fazendo uso de linguagem metafórica ou figurativa Esta tese é utilizada basicamente em redações dissertativas de cunho reflexivo: "Sorteio de vagas na educação... triste Brasil! Tristes e desamparadas criaturas que transformam-se em números sem particularidade individual e acabam, como num bingo do analfabetismo, preenchendo cartelas da ignorância. Triste Brasil que em vez de fazer florescer intelectos, faz gerar o desconsolo e o descontentamento, impede o progresso intelectual e faz ressaltar a maior das misérias: a marginalidade que se cria fora do saber."

4. Narrando, através de flashes, acontecimentos, ações Nar-ran-do, não se espante! Bem conduzida, esta seqüência integra apenas o parágrafo introdutório. Cuidado! Não se desvie da dissertação introduzida dessa forma. O perigo é, sob pressão, continuar a narração. Durante nove meses, agentes do serviço secreto da presidência da República realizaram gravações .. clandestinas na rede de telefones usada pelas diretorias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no centro do Rio de Janeiro. Por mais de 30 semanas, os espiões da Abin, Agência Brasileira de Inteligência, gravaram conversas do presidente Fernando Henrique Cardoso, de ministros, dirigentes estatais e empresários. Depois se soube a divulgação parcial dessas fitas detonou uma crise política e acabou na demissão do então ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros."


Tragédia no Japão - Tremor arrasa cidades e provoca crise nuclear

José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Um terremoto de 9 graus na escala Richter, o mais forte já registrado no Japão, causou um tsunami que devastou a costa noroeste do país no dia 11 de março. Ondas de até 10 metros de altura arrastaram tudo que encontravam pela frente – navios, barcos, carros, casas e pessoas.


O número de mortos chega a mais de 4 mil, a maioria na província de Miyagi, localizada próximo ao epicentro. Outras 9.083 continuam desaparecidas. Cidades inteiras foram destruídas. Em outras localidades, faltam água, luz, alimentos e combustível.

O tsunami também danificou as instalações de usinas nucleares. No complexo de Fukushima Daiichi, uma das 25 maiores usinas do mundo, em quatro dias ocorreram três explosões na estrutura que abriga os reatores.

O acidente elevou uma nuvem radioativa que obrigou a retirada emergencial de 200 mil moradores da região. A população de Tóquio, capital, está assustada com a possibilidade dos ventos espalharem a radioatividade para o restante do país. A exposição prolongada à radiação causa mutação celular e câncer.

Cientistas alertaram para o risco de um acidente nuclear como o ocorrido em Tchernobil, na Ucrânia, em 1986. Na época, a radiação se espalhou pela Europa, matando milhares de pessoas e contaminando o solo. Foi o pior desastre nuclear da história.

A diferença é que, no caso de Tchernobil, houve explosão no reator nuclear, liberando partículas radioativas na atmosfera. No Japão, os problemas foram causados pela falha no sistema de resfriamento dos reatores, que geram energia elétrica a partir do urânio.

Desde então, as equipes tentam impedir o derretimento do núcleo dos reatores, o que causaria uma catástrofe atômica.

O Japão usa energia nuclear há quatro décadas, sem nunca ter registrado acidentes. São 55 reatores em operação em 17 usinas que, juntas, são responsáveis pela geração de um terço da energia elétrica consumida no território japonês.

Em comparação, o Brasil possui duas usinas em funcionamento, Angra 1 e Angra 2, ambas situadas na cidade de Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro. O complexo gera apenas 2,5% da eletricidade consumida no país.

As catástrofes combinadas – terremoto, tsunami e vazamento radioativo – formam a pior crise enfrentada pelos japoneses desde o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando a população sofreu um bombardeio atômico.

 

Abalos

O terremoto no Japão é o quinto mais forte desde 1900, quando começaram os registros mais confiáveis. O pior aconteceu em 22 de maio de 1960, no Chile, com magnitude de 9,5.

Mais recentemente, em 26 de dezembro de 2004, um terremoto de 9,1 na escala Richter na ilha de Sumatra, na Indonésia, causou um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países do sudeste asiático.

Os tremores de terra são provocados pelo movimento de placas tectônicas na superfície terrestre. Quando os terremotos acontecem no mar, como no caso desse no Japão, o leito do oceano sofre uma elevação, deslocando um grande volume de água que forma uma série de ondas gigantes.

O Japão está localizado no chamado "anel de fogo do Pacífico", que inclui Filipinas, Indonésia e países menores. A região concentra as maiores atividades sísmicas do mundo.

Um total de 20% de todos os tremores de magnitude superior a 6 que acontecem no mundo afetam o Japão. Todos os dias o país é abalado por sismos, a maioria deles imperceptíveis para os habitantes.

Em 1933, um terremoto de 8,1 de magnitude matou 3 mil pessoas de Tóquio e cidades próximas. No mais mortífero, em 17 de janeiro de 1995, 6.424 pessoas morreram na região de Kobe-Osaka. Os abalos atingiram 7,2 graus na escala Richter.

Por esta razão, todas as construções japonesas são feitas com tecnologia moderna de engenharia civil. A população também recebe treinamento específico para se proteger em caso de terremotos e tsunamis. Tais medidas preventivas e alertas de segurança contribuíram para evitar que o número de morte e os prejuízos fossem maiores neste último tremor de terra.

 

Dekasseguis

Estima-se em bilhões de dólares o montante gasto com a recuperação das cidades. A tragédia pegou os japoneses em um momento econômico difícil. Depois de três décadas de crescimento, contando a partir dos anos 1960, há 15 anos a economia japonesa está estagnada.

O país acumula hoje uma dívida líquida que corresponde a 180% do PIB (no Brasil, a porcentagem é de 41%). No ano passado, o Japão foi ultrapassado pela China como a segunda maior economia mundial, posição que ocupava desde 1968.

O Brasil e o Japão possuem uma longa história de intercâmbio, com fluxos migratórios de ambos os lados. Os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao país em 1908 no navio Kasato Maru. Desde então, formou-se a maior comunidade de japoneses e descendentes que vivem fora do país de origem.

No final dos anos 1980, foi a vez de descendentes brasileiros emigrarem para o Japão, em busca de melhores oportunidades de emprego.

Hoje os dekasseguis (trabalhador imigrante) de origem brasileira compõem o maior contingente no Japão. A região atingida por terremoto, porém, é o destino menos usual desses trabalhadores. Até agora, não há registro de brasileiros mortos na tragédia.

 
Direto ao ponto volta ao topo
Um terremoto de 9 graus na escala Richter, o mais forte já registrado no Japão, causou um tsunami que devastou a costa noroeste do país no dia 11 de março. Ondas de até 10 metros de altura arrastaram cidades e deixaram 4,3 mil mortos e milhares de desaparecidos.

O tremor também provocou explosões na estrutura de reatores nucleares no complexo de Fukushima Daiichi, uma das 25 maiores usinas do mundo. O acidente elevou uma nuvem radioativa que obrigou o deslocamento de 200 mil moradores das comunidades próximas. A energia nuclear no Japão responde por um terço do abastecimento de energia elétrica no país.

O terremoto no Japão é o quinto mais forte desde 1900, quando começaram os registros mais confiáveis. O pior aconteceu em 22 de maio de 1960, no Chile, com magnitude de 9,5.

O Japão está localizado no chamado "anel de fogo do Pacífico", que concentra as maiores atividades sísmicas do mundo. A tecnologia empregada na construção dos prédios e as medidas preventivas evitaram que a catástrofe fosse maior.

O Brasil e o Japão possuem uma longa história de intercâmbio, com fluxos migratórios de ambos os lados. O Brasil tem a maior comunidade japonesa fora da pátria, e no Japão, o maior número de dekasseguis (trabalhadores imigrantes) são de brasileiros.

*José Renato Salatiel é jornalista e professor universitário

quarta-feira, 16 de março de 2011

O Crescente Arredondamento das Formas

Apesar de exibir índices inferiores aos dos Estados Unidos, obesidade já é um problema de saúde pública
por Bruno Francheschi Troiano

No Brasil, a obesidade já é considerada um sério problema de saúde pública. Segundo dados do Ministério da Saúde, 3,5 milhões de brasileiros estão em estado de obesidade mórbida – quando o peso de uma pessoa ultrapassa o valor 40 no índice de massa corporal (IMC, divisão do peso pela altura). Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2004, cerca de 10% das crianças e adolescentes brasileiros estão acima do peso e a cada ano esse número aumenta. A obesidade infantil provoca problemas precoces como hipertensão, colesterol elevado, diabetes, doenças ortopédicas e até mesmo bullying nas escolas. Crianças diagnosticadas com obesidade desenvolvem hábitos como insaciabilidade – algumas chegam a repetir o prato até três vezes, durante as refeições – têm muita sede e cansaço exagerado.

Uma das razões que contribuem para esse quadro é a junk food – alimentos altamente calóricos, mas pouco nutritivos. Hambúrgueres gordurosos, batatas fritas, milk-shake, sorvetes, pizzas, de fácil acesso às crianças, podem ser considerados atentados à saúde infantil. A publicidade massiva em torno desses alimentos, no entanto, faz com que sejam consumidos de maneira crescente.

Na verdade, a junk food não é prejudicial apenas a crianças e adolescentes. Como resultado do consumo crescente, as estatísticas mostram que adultos brasileiros também arredondam perigosamente suas formas, com impacto direto na qualidade da saúde. O aumento do poder aquisitivo, mais recentemente, fez crescer o consumo desses alimentos – não apenas em restaurantes do tipo fast-food. No Brasil, cresce também o consumo de comidas congeladas com elevadas concentrações de conservantes, como reflexo de mudanças na estrutura social.
Segundo o mesmo estudo do IBGE, por volta de 43% dos brasileiros estão acima do peso ideal e 13% são obesos – porcentagem já elevada, mas equivalente a pouco mais que um terço da população americana de obesos.

O quadro de obesidade mórbida está associado, quase sempre, a uma diversidade de causas. Entre elas, fatores biológicos e ambientais. Os fatores biológicos envolvem genética e metabolismo, enquanto depressão, angústia e ansiedade são considerados fatores ambientais.

Há casos em que mesmo dietas e exercícios físicos não resultam em perda de peso, ao contrário. A pessoa pode ganhar ainda mais massa corpórea. As dietas radicais – normalmente divulgadas por revistas populares – não necessariamente funcionam, pois ao final de um ciclo a pessoa sente mais fome que normalmente, devido à falta de nutrientes ingeridos. Daí a importância de um tratamento criado e acompanhado por um profissional especializado na área. No Brasil, o tratamento contra a obesidade, na melhor das hipóteses, é acompanhado por nutricionistas. No entanto, praticamente não existe apoio com base nas ciências do comportamento, levando em conta que boa parte das dificuldades dos obesos é também de natureza psicológica.

Uma opção para obesos ou pessoas acima do peso ideal interessadas em emagrecer de maneira saudável é o Vigilantes do Peso (www.vigilantesdopeso.com.br), organização mundial que participa ativamente do fórum científico global de disciplinas relacionadas ao controle do peso, dando suporte e acompanhamento para interessados. Na cidade de São Paulo, pacientes com quadro de obesidade mórbida podem recorrer ao tratamento no Hospital das Clínicas da FMUSP. No ano passado, o hospital iniciou testes com um novo tratamento que consiste em inserir uma prótese endoscópica flexível – com 62 cm de comprimento – na porção inicial do intestino delgado. Os primeiros resultados revelam perda de aproximadamente 30% de peso, o que correspondeu ao esperado pelos pesquisadores. Mas esta ainda está longe de ser uma solução ideal.
Bruno Francheschi Troiano Bruno Francheschi Troiano, biólogo, é colaborador de Scientific American Brasil
Fonte :
http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/o_crescente_arredondamento_das_formas.html

sexta-feira, 11 de março de 2011

Candidato não deve 'se desesperar', diz jovem que passou em 9 vestibulares de medicina

A receita de Marcela Malheiro Santos, 17, pode ser simples, mas é certeira para passar no vestibular: segundo ela, o vestibulando  não pode "se desesperar" na hora de se preparar para as provas. "Ele tem que ter consciência do que está fazendo, pegar as dicas dos professores e respeitar o momento de relaxar", explica.
  • Divulgação Colégio Objetivo
    Marcela Malheiro Santos, 17, foi aprovada em 9 vestibulares de medicina
Ela passou em medicina em nove faculdades que estão entre as principais do país, tais como USP (Universidade de São Paulo) - onde atualmente estuda -, Unesp (Universidade Estadual Paulista) e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ao todo, a jovem prestou 13 vestibulares.
A preparação da candidata começou no último ano do ensino médio: ela deixou o balé, o jazz e a patinação para se dedicar totalmente aos estudos. Pela manhã, frequentava as aulas do colégio e, de tarde, fazia exercícios do conteúdo aprendido. Nos finais de semana fazia simulados e, quando não havia testes, ia ao cinema ou saia para algum programa "leve" - nada de balada, portanto.
Depois de maio, no entanto, a jovem mudou o método de estudos: começou a fazer menos exercícios após as aulas e se focou mais em redações. "Eu não estava mais conseguindo acompanhar, fazia muitos exercícios... Então foquei bastante na redação, porque contava bastante nas provas. Isso foi bom porque não cheguei tão cansada [no final do ano, época das provas] e estava com resistência maior", diz.
Marcela conta que, apesar de ter focado os estudos para o vestibular somente no 3º ano do colégio, já havia sido treineira nos primeiro e no segundo anos do ensino médio. Essa experiência foi importante na hora de fazer o vestibular: "Você vê como é a prova sem a carga de ser uma prova de verdade, isso ajuda a ver como ela é, como é o ambiente e como você tem que se organizar para o vestibular".
Mesmo com tanto estudo e tantos vestibulares, ela explica que, na época dos exames, achava que não passaria. "Ninguém sai cem por cento confiante [das provas], eu achava que não tinha passado, que não daria. Na prova sempre ficava angustiada, é inevitável. Mas é bom não pensar muito nisso", diz.
Confira outras dicas da - agora - caloura de medicina:
  • Prestar bastante atenção às aulas, principalmente às dicas dadas por professores sobre modelos de questões e assuntos que mais caem em provas;
  • fazer simulados para aprender a controlar o nervosismo e o tempo;
  • ler bastante textos editoriais, jornalísticos e treinar redação;
  • fazer mais de uma prova, para adquirir experiência e confiança.

Seis em um

'Kit' diagnóstico fará análise de diferentes doenças na mesma amostra de sangue. Criado sob liderança do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos/Fiocruz, o novo método reduzirá custo, tempo e trabalho.
Por: Luan Galani
Seis em um
O 'kit' diagnóstico desenvolvido em Bio-Manguinhos requer uma única amostra de sangue para investigar seis doenças diferentes. (foto: Laboratório Kashima)
De um paciente que se submete a uma bateria de exames hoje, é preciso coletar várias amostras de sangue. Mas isso está prestes a mudar. Um kit diagnóstico em fase avançada de desenvolvimento irá investigar em uma única prova a presença do protozoário Trypanosoma cruzi (causador da doença de Chagas), da bactériaTreponema pallidum (responsável pela sífilis) e dos vírus HIV (da Aids), HTLV (capaz de produzir linfoma e quadros neurológicos degenerativos), HBV e HCV (os dois últimos associados às hepatites B e C, respectivamente).
A iniciativa é do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, responsável pela produção de vacinas, reativos e biofármacos para atender às demandas da saúde pública nacional. Nesse projeto, Bio-Manguinhos tem o apoio do Instituto de Biologia Molecular do Paraná, entre outros parceiros.
A nova técnica emprega a chamada plataforma de microarranjos líquidos, na qual todas as reações e análises são feitas em nível nanoscópico (um bilionésimo de litro, neste caso). No método, adiciona-se um conjunto de microesferas plásticas, de diferentes tonalidades, codificadas por fluorescência, ao tubo de ensaio que contém a amostra de sangue. 
O químico Antônio Ferreira, gerente do Programa de Desenvolvimento de Reativos para Diagnósticos de Bio-Manguinhos, explica que são utilizadas até 2 mil microesferas de cada cor. Segundo ele, as microesferas permitem o acoplamento de antígenos (corpos estranhos ao organismo) específicos das doenças de que a pessoa pode ser portadora. Assim, até 15 reações diferentes podem acontecer de uma só vez com uma única amostra.
O sangue passa então por uma leitura feita por dois feixes de raio laser de alta velocidade, que verificam a fluorescência individual de cada uma das microesferas. Enquanto um laser analisa se a estrutura está acoplada a um antígeno – o que significaria resposta afirmativa para a existência de alguma das seis doenças –, o outro descobre qual a tonalidade da esfera que se acoplou, revelando a doença contraída. 
Bio-Manguinhos
Fachada do Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnósticos, de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro. A unidade é um dos pilares do Brasil na área de inovação e desenvolvimento tecnológico em saúde. (foto: Bernardo Portella – Bio-Manguinhos/Fiocruz)

Fim do Elisa

O novo método deve substituir o teste Elisa (sigla para a expressão inglesa Enzyme Linked Immunosorbent Assay), ainda bastante empregado em laboratórios brasileiros. Nessa análise, que se baseia na busca de anticorpos no sangue do paciente, amostras de soro e plasma sanguíneo são depositadas em cavidades de uma placa de plástico que contêm proteínas do vírus. Após misturas com diferentes reagentes, o resultado é fornecido por meio de uma leitura óptica. Caso sejam detectados anticorpos, ainda é preciso fazer um exame adicional, confirmatório.
O diretor de Bio-Manguinhos, Artur Couto, ressalta que com o kit desenvolvido pela equipe brasileira haverá redução de tempo, custo e trabalho, já que a técnica permitirá o paralelismo no diagnóstico de várias doenças.
Com o kitdiagnóstico haverá redução de tempo, custo e trabalho
Além disso, o novo procedimento pode ajudar a reverter a expansão da Aids no Brasil. Segundo estudo divulgado recentemente pela Organização das Nações Unidas, o número de pessoas contaminadas com o vírus HIV no país cresceu nos últimos anos. Os levantamentos mostram que, em 2009, cerca de 650 mil pessoas se contaminaram. Em 2001, o número de portadores da doença girava em torno de 470 mil.
O relatório afirma ainda que, entre 2003 e 2008, um terço dos novos casos de Aids no Brasil foram diagnosticados nos últimos estágios da doença. “Ampliar os testes que a detectam e os serviços de acompanhamento para evitar diagnósticos tardios deve ser uma prioridade”, diz o documento. O novo kit chega, portanto, em boa hora.

Luan Galani
Especial para CH On-line / PR

Revista Ciência Hoje - Edição 278 / 2011

Quando a química entra em cena
Capa CH 278



A produção de bebidas, metais e vidros, entre outras técnicas, deu origem à química. Hoje, ela é essencial ao desenvolvimento econômico e tecnológico e pode ter relevante papel na construção de um mundo sustentável. Conheça a fascinante história dessa ciência no primeiro de uma série de artigos que a CH vai publicar durante o Ano Internacional da Química, comemorado em 2011, em referência ao segundo prêmio Nobel conferido à Marie Curie. Este artigo, acompanhado de um texto sobre a cientista homenageada, é o destaque da CH 278.  Download :PDF aberto (gif)

Núcleo atômico
100 anos com o núcleo atômico

Há cem anos, o físico neozelandês Ernest Rutherford anunciava uma descoberta que mudaria para sempre os rumos da ciência: o átomo tem uma região central ultraminúscula, que concentra toda sua carga elétrica e praticamente toda sua massa. Essa região foi batizada de núcleo atômico. A história dessa descoberta é relatada em artigo da CH 278. DownloadPDF aberto (gif)


Walter Baltensperger
Perfil: Walter Baltensperger – Entre os Alpes e os trópicos

A mente do físico suíço Walter Baltensperger foi treinada para destrinchar os enigmas da natureza. Com esse arsenal, ele fez importantes trabalhos na área do estado sólido. Aluno de grandes mestres, Baltensperger escolheu o Brasil para ensinar e fazer ciência. O pesquisador emérito do CBPF tem seu perfil traçado na CH 278. Download PDF aberto (gif)


Qual o problema? Formas da natureza



Fractal


Morto no ano passado, Benoit Mandelbrot foi um matemático polonês que deu importantes contribuições a diversas áreas da ciência, da fisiologia à engenharia. Uma de suas mais fascinantes descobertas, os fractais, é tema da coluna ‘Qual o problema?’ de fevereiro, assinada por Marco Moriconi. DownloadPDF aberto






Fontehttp://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2011/278






Entrevista: Ditadura versus democracia

O norte da África e o do Oriente Médio estão sendo sacudidos por levantes democráticos que já depuseram os ditadores da Tunísia e do Egito. As causas dessas revoltas e a razão pela qual ainda existem tantas ditaduras no mundo são o tema do Estúdio CH desta semana, que recebe o cientista político Maurício Santoro, da Fundação Getúlio Vargas.
Em entrevista a Fred Furtado, Santoro explica que esse movimento de democratização nasce de fatores econômicos e sociais. Esses países apresentam economias em crise, com taxas de desemprego altas que atingem principalmente as camadas mais jovens da população.
Como se não bastasse isso, o contraste entre pobreza e riqueza fica mais evidente, pois o poder econômico está todo concentrado em uma elite corrupta que auxilia o governo do país sem propiciar melhorias sociais.
Santoro discute ainda as chances de sucesso dos levantes e a possibilidade de que se expandam para todos os países da região. Ele fala também da função das novas tecnologias e mídias sociais nessas revoltas.
Os temas deste podcast são abordados por Santoro no livro Ditaduras contemporâneas, que será publicado no primeiro semestre deste ano.

Clique abaixo para ouvir a entrevista completa.



Tamanho: 6.9 MB
Tipo de arquivo: MPEG-1 Audio Layer 3 (audio/mpeg)
Bit rate: 64 Kbps
Frequência 44 Khz
Duração da faixa: 15:03 (mm:ss)

11 Dicas sobre Redação

Por: Fabio Itasiki


Agora é a REDAÇÃO. Você está preparado? Seguem algumas dicas, mas lembre-se: nada substitui a prática da escrita!
1. A banca examinadora pode apresentar propostas textuais, pictóricas, diretas ou híbridas: imagem, textos e tema. Leia primeiro o tema direto, antes de começar a leitura dos textos da coletânea.

2. Os temas mais prováveis são aqueles relacionados a atualidades. De qualquer forma, é necessário ler jornais, revistas, saber quais são as notícias do dia-a-dia. Não seja alienado!

3. Procure relacionar idéias sobre o tema a ser abordado. Até mesmo as mais "estranhas" podem ser úteis no processo criativo. Podemos denominar essa ação como BRAINSTORM.

4. Tente imaginar como será seu texto, quantos parágrafos você vai escrever, quais argumentos quer utilizar como subsídio para demonstrar sua tese. Elabore sua Estratégia.
5. Faça rascunho, sempre que possível, ou seja, sempre que o tempo permitir. Reserve 1 hora e 20 minutos para ler a proposta, refletir, escrever o rascunho, reler seu texto e passá-lo a limpo.

6. Lembre-se que, se o tipo de texto solicitado for dissertativo-argumentativo, exige um posicionamento do candidato frente à situação-problema.

7. Ser radical na Redação não é o melhor caminho para uma boa argumentação nos exames vestibulares.

8. Adotar um posicionamento claro, embasado através da argumentação, sem usar o discurso vazio, é o mais aconselhável.

9. Cuidado com bolotas, com o "A" egípcio, com asteriscos e outras marcas. Elas podem levar sua prova à anulação.

10. Utilize CANETA COM TINTA PRETA, PRETA, PRETA… e se não tiver CANETA COM TINTA PRETA, use CANETA COM TINTA PRETA.

11. Última e mais importante dica: Redação significa praticar a escrita, escrever bastante, errar bastante (e depois acertar), treinar. Se você não fizer as redações, dica nenhuma irá salvá-lo na hora do Vestibular.

Revoltas árabes Gaddafi pode ser o próximo a cair

José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Muammar Gaddafi é considerado o pior ditador no mundo árabe. Ele está há 41 anos no poder – é o mais longevo entre os governantes – e não hesitou em usar as Forças Armadas para reprimir protestos, que são proibidos na Líbia.

Agora, cada vez mais isolado, ele pode ser o próximo líder mulçumano a deixar o cargo por conta das manifestações pró-democracia que se espalharam pela África do Norte e o Oriente Médio. O movimento já derrubou dois presidentes, daTunísia e do Egito, em menos de dois meses.

A queda de ditadores é algo inédito na história da região. Os países árabes são governados por monarquias ou ditaduras. O aumento no preço dos alimentos, o desemprego e a insatisfação dos jovens deram início às revoltas por abertura política. Os levantes chegaram a BahreinMarrocosIêmenJordâniaIrã eArábia Saudita.

Na Líbia, o governo reagiu com violência. Quase 300 pessoas morreram em conflitos com forças de segurança desde o dia 16 de fevereiro. O ditador líbio chegou a usar aviões e tanques contra as multidões.

Os protestos começaram após a prisão de um advogado ligado à causa dos Direitos Humanos. O maior foco dos distúrbios é Benghazi, segunda maior cidade, localizada na região leste.

A cada dia a situação fica mais difícil para Gaddafi. Dentro do país, os revoltosos assumiram o controle de cidades no leste. Na região nordeste, militares aderiram à "revolução do povo". No exterior, a pressão diplomática é a cada vez maior para que ele deixe o poder.

Em um pronunciamento raivoso na TV, em 21 de fevereiro, o líder líbio, de 68 anos, desafiou os revoltosos e disse que iria “morrer como um mártir”. Antes, seu filho Saif al-Islam advertiu para o risco de guerra civil.

No dia 22 de fevereiro, o Conselho de Segurança da ONU condenou o uso da violência contra manifestantes na Líbia e pediu a responsabilização dos culpados. A decisão deve ser seguida se novos embargos contra o regime.
 

Petróleo

A Líbia é um país rico em petróleo. É o quarto maior produtor da África, depois daNigériaArgélia e Angola, com reservas estimadas em 42 bilhões de barris (para efeito de comparação, as reservas brasileiras são de 14 bilhões de barris). A maior parte da produção é exportada para a Europa.

O país, de 6,4 milhões de habitantes (equivalente à população do Rio de Janeiro), tem ainda o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África. A riqueza, porém, não é bem distribuída entre a população. A despeito das melhorias em relação ao período anterior à Gaddafi, um terço vive na pobreza e a taxa de desemprego é de cerca de 30%. Esse é um dos principais motivos dos protestos.

A Líbia foi província romana, domínio do Império Otomano e colônia italiana. Após a Segunda Guerra Mundial, o território foi repartido entre a França e oReino Unido. Em 1º de janeiro de 1952, a ONU aprovou a independência, reunindo os territórios no Reino Unido da Líbia. O emir Sayyid Idris al-Sanusi foi coroado rei Idris I, primeiro e único monarca a governar a nação.

Nos anos seguintes, Estados Unidos e Reino Unido instalaram bases militares em solo libanês. Mas a descoberta de petróleo levou o governo a pedir a retirada das tropas estrangeiras. O minério também mudou o perfil econômico e social do país, que até então era um dos mais pobres do continente africano.

Um golpe de Estado depôs a monarquia em 1º de setembro de 1969, sem derramamento de sangue. Gaddafi, com apenas 27 anos, assumiu o comando. Até hoje, a Líbia não tem Constituição ou partidos políticos, e a oposição é proibida.

Nas décadas seguintes, o ditador se tornou inimigo do Ocidente, comparável ao iraquiano Saddam Hussein. Nos últimos anos, entretanto, conseguiu se reaproximar das potências ocidentais.
 

Terrorismo

Gaddafi ficou conhecido pelo jeito extravagante de se vestir, os discursos incoerentes e a habilidade diplomática. Nos anos 1980, foi monitorado pelos serviços de inteligência por ligações com grupos terroristas.

O governo da Líbia foi responsabilizado por atentados na Europa e no Oriente Médio. O mais conhecido foi o ataque à bomba no voo da Pan Am sobre Lockerbie, na Escócia, que matou 270 pessoas em 1988.

Dois anos antes, em 1986, o ex-presidente americano Ronald Reagan (que chamou Gaddafi de "cachorro louco”) autorizou um ataque aéreo à capital Trípoli. A investida ocorreu em represália a um atentado contra uma discoteca em Berlim Ocidental, que matou dois militares americanos. Entre os mortos no ataque à Trípoli estava a filha adotiva de Gaddafi.

Depois do 11 de Setembro, Gaddafi passou a colaborar com os americanos na guerra contra o terrorismo. Em 2003, ele assumiu a autoria do atentado de Lockerbie e pagou uma indenização bilionária às famílias das vítimas.

A estratégia visava suspender as sanções impostas pela ONU. Deu certo. Nos últimos anos, Trípoli reatou legações diplomáticas e comerciais com a Europa e dos Estados Unidos, atraindo investidores estrangeiros. A crise atual mudou o panorama. Os governos ocidentais agora pedem a saída do ditador e fazem a retirada em massa de estrangeiros.

 
Direto ao ponto volta ao topo
Os protestos pró-democracia que se espalharam pelo mundo árabe ameaçam agora derrubar o ditador líbio Muammar Gaddafi. Quase 300 pessoas já morreram desde o início das manifestações na Líbia. Gaddafi, porém, está cada vez mais isolado. Ele enfrenta deserções em seu Exército e a pressão internacional para que deixe o cargo, que ocupa há 41 anos.

No último dia 22 de fevereiro, o Conselho de Segurança da ONU condenou o uso da violência contra os líbios. Em pronunciamento na TV, Gaddafi disse que “morreria como um mártir”, e ameaçou reprimir os manifestantes.

A Líbia é o quarto maior produtor de petróleo na África e tem o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do continente. A riqueza, contudo, não é bem distribuída entre a população.

Gaddafi chegou ao poder em 1969 por meio de um golpe de Estado. Nos anos 1980, financiou grupos terroristas, sofreu bombardeio americano e sanções da ONU. Na última década, se reaproximou dos Estados Unidos e da Europa. A atual crise no país mudou a situação favorável do país junto ao Ocidente.

As revoltas árabes já derrubaram dois presidentes – na Tunísia e no Egito – e chegaram à Bahrein, Marrocos, Iêmen, Jordânia, Irã e Arábia Saudita.