Rádio Extraclassse Kolping

domingo, 24 de outubro de 2010

Blog do EPA faz 3 meses e têm 4.582 acessos!!

Em 22 de outubro de 2010 faz três meses que o Blog do EPA postou a sua primeira matéria e  já são 4.582 acessos sendo 4.156 acessos NACIONAIS e 426  acessos INTERNACIONAIS !!
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Confira as estatísticas de acessos no Blog do EPA segundo o blogspot( google):



Brasil
4.156
Portugal
246
Estados Unidos
81
Romênia
30
Canadá
19
Rússia
14
Itália
11
Coreia do Sul
10
Eslovênia
9
Angola
7

E.P.A - ESTUDOS PARA APROVAÇÃO


Colégio Kolping 

Capa CH 275Edição 275 - Revista Ciência Hoje

Pedofilia: imposição de um desejo único
O que é a pedofilia? Uma doença? Uma falha de caráter? Um crime? Quando ela se manifesta? Qual o perfil do pedófilo? Como se faz um diagnóstico? É possível curar um transtorno que traz forte sofrimento para os envolvidos? O que a ciência tem a dizer sobre isso? O artigo de capa da CH de outubrodiscute essas e outras tantas perguntas que vêm à tona quando se menciona esse  tema que mobiliza cada vez mais a sociedade.  Download:PDF aberto


DENGUE REGISTRA NÚMERO RECORDE DE CASOS EM 2010

Dengue registra número recorde de casos em 2010
Apesar de ainda estarmos entrando no verão, época propícia para proliferação do mosquito da dengue, no primeiro trimestre de 2010 foram registrados no país 447.769 casos da doença. Número este divulgado pela Secretaria da Vigilância Sanitária e Saúde e que representa um aumento de cerca de 80% em relação ao mesmo período do ano passado.
As regiões que apresentaram maior número de casos de dengue no primeiro trimestre foram a Sudeste (mais de 173 mil casos), a Centro-Oeste (163,5 mil casos) e a Norte (56,5 mil casos). O número de pessoas que contraíram a dengue na região Norte aumentou 47%, comparando com o mesmo período do ano anterior.
Os números assustam a população que acredita que a situação esteja controlada. Com a chegada do verão a proliferação do mosquito tende a ser ainda maior e, por isto, diversos cuidados são extremamente importantes.
Prevenção
A ação mais simples para se prevenir a dengue é evitar o nascimento do mosquito. Para isto, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução. A regra é não deixar a água, mesmo quando limpa, parada em qualquer tipo de recipiente.
Como a proliferação do mosquito é rápida é importantíssimo que a população colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Segundo dados oficiais, em apenas 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.
Por este motivo é bastante importante manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados e não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.
O ovo do mosquito pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado o ovo estiver seco. Caso a área receba água novamente, o ovo ficará ativo e pode atingir a fase adulta em um espaço de tempo entre 2 e 3 dias. Por isso é importante eliminar água e lavar os recipientes com água e sabão.
Modo de transmissão
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti infectados com o vírus transmissor da doença.
A transmissão nos mosquitos ocorre quando ele suga o sangue de uma pessoa já infectada com o vírus da dengue. Após um período de incubação, que inicia logo depois do contato do pernilongo com o vírus e dura entre 8 e 12 dias, o mosquito está apto a transmitir a doença.
Nos seres humanos, o vírus permanece em incubação durante um período que pode durar de três a 15 dias. Só após esta etapa, é que os sintomas podem ser percebidos.
É importante destacar que não há transmissão através do contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia. O vírus também não é transmitido através da água ou alimento.
As formas em que a doença se apresenta
O vírus da dengue pode se apresentar de maneira diferente, que vai desde a forma inaparente, em que apesar da pessoa estar com a doença não há sintomas, até quadros de hemorragia, que podem levar o doente ao choque e ao óbito.
- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma.
- Dengue Clássica
Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
- Dengue Hemorrágica
Inicialmente se assemelha à Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na dengue hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam, a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
- Síndrome de Choque da Dengue
A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.


Entenda a crise cubana

Cubanos esperam morte natural do regime

Na Havana de poucos prédios restaurados e de construções e ruas deterioradas (foto abaixo), há um cansaço explícito com a 
Revolução Cubana – e um desejo implícito de mudança. Por temor, são poucos os que assumem isso com todas as letras, mas, num discurso muitas vezes ácido contra o governo, os cubanos revelam nas entrelinhas esperar a morte dos líderes Fidel e Raúl Castro para ver o fim do regime cinquentenário.

Dizem que as reclamações feitas abertamente nas ruas, em restaurantes e cafés, nos pontos de ônibus, nas barbearias, dentro dos táxis, são um fenômeno relativamente recente na capital cubana. Segundo o jornalista independente Reinaldo Escobar, é coisa de uns cinco a seis anos. 




Um dos principais motivos é o bolso. Com a economia do país em frangalhos, o governo vem apertando o cinto. Com metade de seus campos improdutivos, Cuba importa 80% dos alimentos. Mas, com a diminuição do preço do níquel no mercado internacional – o principal produto de exportação cubano – e do turismo pela recessão mundial, o país cortou 38% de suas importações no ano passado para tentar seguras divisas.

Os efeitos foram sentidos diretamente pela população, que percebeu a diminuição gradativa da lista de alimentos subsidiados. Os cortes de produtos foram tão drásticos que correu o rumor de que o governo estudava cancelar de vez a “libreta de abastecimiento”, sistema que vigora na Ilha desde 1962. “Se suspenderem a libreta, a população morrerá de fome”, disse uma cubana que pediu para não ser identificada. “A situação está cada vez pior. Não há esperança. Não há onde nos agarrar”, completou.

A declaração parece não ser um exagero. “A crise por que passa Cuba é a pior desde o colapso da União Soviética (URSS), em 1991”, afirmou ao o cubano Carmelo Mesa-Lago, professor emérito de Economia da Universidade de Pittsburgh, nos EUA.

A necessidade de fazer cortes de gastos forçou o Estado a decidir enxugar sua folha de pagamento, em que, segundo o próprio presidente Raúl Castro, mais de 1 milhão de cubanos ganham salários para não fazer nada. “Se uma fábrica precisa de 100 trabalhadores, o governo emprega 200 pela metade do salário, mas também a produtividade é a metade e se cria um ambiente negativo ao esforço individual”, explicou o acadêmico da Universidade de Pittsburgh.

Em agosto, Raúl indicou que 20% dos 5,1 milhões da força de trabalho cubana seriam demitidos por improdutividade. Em 13 de agosto, anunciou-se que os primeiros 500 mil estarão nas ruas até o fim do primeiro trimestre de 2011. “Temos de deixar de ser o único país do mundo onde se ganha sem trabalhar”, disse Raúl na Assembleia Nacional em agosto.

A frase incomodou muitos, porque foi Fidel Castro que, em 1968, expropriou todos os pequenos negócios, fazendo com que quase todos os trabalhadores ficassem sob o controle estatal. “Obrigaram-me a trabalhar para o governo, e agora que a situação está mal viramos um fardo que se aproveita do Estado?”, indagou a cubana que pediu anonimato.

As demissões são temidas apesar da decisão governamental de permitir ofícios particulares para absorver a mão de obra excedente. Como só podem ter um negócio em sua área de atuação os formados até 1964 em uma universidade ou curso técnico, muitos não sabem o que farão se forem despedidos, pois os 178 pequenos negócios e cooperativas urbanas e cerca de 40 serviços permitidos não correspondem a suas habilidades. “Estou no meu emprego há anos. Agora vou ter de aprender a ser cabeleireira, marceneira?”, questionou uma arquiteta.
Modelo fracassado 

Mercado de frutas em Centro Havana sofre com desabastecimento:
Cuba importa 80% de seus alimentos. (Foto: Leda Balbino)
A ruína econômica, que fez até o próprio Fidel reconhecer que “o modelo econômico de Cuba não funciona nem mais para os cubanos”, soma-se à ausência de direitos civis para ampliar a frustração com o rumo adotado pela Ilha nos últimos 51 anos. “Não é que se queira o capitalismo. O que não se pode é sustentar uma forma de projeto com poucos direitos civis”, disse a cubana que não quis se identificar.

Além de querer ganhar mais do que os salários médios equivalentes a US$ 20, que forçam a grande maioria a recorrer ao mercado negro para sobreviver, os cubanos desejam se autodeterminar. Ter acesso livre às informações. Poder navegar na internet. Falar o que pensam sem retaliação. Abordar um estrangeiro sem a acusação de que cometem assédio ao turismo.

Também querem viajar para o exterior sem perder o direito de ser cubano e sem uma burocracia cobrada em CUCs (pesos conversíveis, de valor equivalente ao dólar), e não em seus salários de pesos cubanos (cada 24 são 1 CUC).

Apesar do descontentamento, são raros os que creem num levante popular contra o regime. Quando são questionados sobre essa possibilidade, recordam do Maleconazo de 1994, quando uma manifestação no calçadão à beira-mar de Havana terminou após a repressão da polícia.

"Nem em curto e meio prazo haveria uma revolta. O povo cubano é pacífico e se adapta às circunstâncias. Uma minoria somos heróis que vão à guerra. Isso explica por que o regime dura há tanto tempo", disse o ativista dos direitos humanos Elizardo Sánchez, fundador da Comissão de Direitos Humanos Cubanos e de Reconciliação Nacional de Cuba.

Assim, com um sistema econômico e político considerado insustentável e sem uma geração jovem de sucessores, os cubanos observam o envelhecimento da liderança que fez a Revolução, com idades entre 75 e 85 anos, e esperam. “Não há mal que dure cem anos, nem corpo que o resista”, disse Sánchez, que completou: “Não é bom pensar na morte de alguém, mas parece que essa é a solução.”
Cuba tenta repetir política emergencial de 95

Ao anunciar o plano de cortar 500 mil empregos estatais até o primeiro trimestre de 2011 e permitir empreendimentos privados para absorver a mão-de-obra excedente, Cuba tenta repetir o que fez em 1995, quando atravessava “o período das necessidades especiais” causado pelo colapso da União Soviética, em 1991.

Naquele ano, o governo chegou a cortar empregos estatais, mas, com a melhora da economia, aos poucos congelou licenças para atividades privadas que vinham sendo permitidas e reabriu vagas no aparato do Estado. Mas, segundo analistas, dessa vez o país corre o risco de não conseguir o mesmo êxito que teve com as reformas depois do colapso soviético.

“Não sei se conseguirão o mesmo porque, nos últimos 15 anos, a situação econômica do país piorou por causa da desvalorização do peso cubano, a crise econômica mundial e o turismo prejudicado por furacões há três anos”, disse Uva de Aragon, do Instituto de Pesquisa Cubana da Universidade Internacional da Flórida, em Miami. Além disso, a Venezuela - o principal parceiro econômico da Ilha desde a chegada de Hugo Chávez ao poder (1999) – também enfrenta dificuldades econômicas principalmente pela queda do preço do petróleo, o que se reflete na ajuda enviada aos cubanos.

As reformas, que poderiam sinalizar mudanças sem precedentes no rumo político da ilha, são encaradas com ceticismo pelo especialista Andy Gomez, do Instituto para Estudos Cubanos e Cubano-Americanos da Universidade de Miami. Para ele, a medida anunciada mostra que, mais do que a necessidade de mudanças, o Estado cubano se vê “quebrado” e sem saída para manter o salário de seus empregados.

“Cuba se encontra na pior condição econômica desde a Revolução. Pior até mesmo do que o período especial. O turismo teve queda de 30% no último ano, mais de 80% dos alimentos são importados, e o país, com 65% dos habitantes no campo, não tem capacidade para exportar praticamente nada que não seja tabaco e rum”, explica Gomez. Além disso, ele indica que Cuba precisa de bancos e instituições fortes para levar uma economia com investimentos privados adiante.

Reformas de Raúl Castro

Desde que ele assumiu o poder por causa da doença que afastou Fidel Castro da presidência, em 2006, o presidente Raúl Castro adotou algumas pequenas reformas, como a permissão para abrir cabeleireiros e barbeiros mediante pagamento de impostos para o governo, assim como licenças para táxis privados e retomada do controle de terras improdutivas por produtores agrícolas particulares.

Neste ano, ele anunciou o plano que previa a demissão de mais de 1 milhão de funcionários públicos, mas disse que elas ocorreriam nos próximos cinco anos. A medida faria parte de suas reformas moderadas para melhorar a produtividade do trabalho e elevar a qualidade dos serviços.

Para suavizar o golpe, o governo autorizará o aumento simultâneo em oportunidades de emprego no setor não-estatal, permitindo que mais cubanos se tornem autônomos, formem cooperativas dirigidas por empreendedores privados e aumentem o controle privado de terras estatais e de infraestrutura em longo prazo.

Mas, para Uva, as medidas adotadas não são o possível começo do fim do comunismo na Ilha. “Gostaria de pensar que seria o início de uma abertura econômica em Cuba, mas não vejo isso ocorrendo de maneira tão fácil. Estão cortando empregos, mas não ficou claro ainda como essas pessoas conseguirão manter suas vidas”, disse.

Para ela e Gomez, os principais empregos que surgirão em um primeiro momento são de taxistas, vendedores de doces na rua, pequenas padarias e cabeleireiros. Eles alertam, no entanto, que a criação de novos empregos dependerá exclusivamente do poder de compra de novos produtos e ferramentas de trabalho – como, por exemplo, tintura, secador, fornos ou mesmo farinha de trigo.

De acordo com a rede CNN, as reformas econômicas anunciadas por Raúl têm deixado alguns cubanos preocupados com seus trabalhos e com a garantia do regime comunista na ilha.

Outros, no entanto, estão esperançosos com a possibilidade de receber um salário maior do que oferecido pelo governo, de US$ 20 em média. O Estado cubano controla mais de 90% da economia, com meios de produção que vão de sorveterias a laboratórios científicos e estações de gás. Serviços comumente executados por profissionais independentes como carpinteiro, encanador e sapateiro também são controlados pelo Estado.

 
Último Segundo (IG) 


Entenda o impacto do resgate dos mineiros no Chile

 

O local onde os 33 mineiros chilenos padeceram por 69 dias presos a uma profundidade de quase 700 metros pode ser transformado em um símbolo do nacionalismo do Chile. A mina San Jose, que pertence à empresa San Esteban e ao longo de mais de um século permitiu a extração de muito ouro e cobre, agora deve abrigar um memorial turístico.

Segundo o presidente Sebastián Piñera, a intenção é fazer com que a "epopeia do resgate" fique marcada nas futuras gerações. Esse também é o desejo dos familiares que ergueram o acampamento Esperanza nos arredores da jazida para esperar que os operários fossem trazidos de volta à superfície. Os mineiros têm planos, inclusive, de visitar o local neste sábado para ver como seus parentes viveram durante mais de dois meses. "O acampamento Esperanza vai refletir a esperança dos chilenos no futuro. Vamos construir um memorial para que esta verdadeira façanha protagonizada pelos mineradores e seus familiares seja preservada e nos guie no futuro", anunciou o Piñera.

EXPLORAÇÃO

A curto e médio prazo, portanto, a retomada dos trabalhos de exploração na mina está descartada. O presidente salienta que, tanto ela quanto outras jazidas do país onde aconteceram acidentes com operários não serão liberadas até que se tenha garantia de que "a vida e a segurança de seus trabalhadores estejam resguardadas".

Os acidentes no setor de mineração chilena somam 373 mortos na última década - 31 delas somente neste ano, segundo dados do Serviço Geral de Geologia e Mineração. "Um país que quer ser desenvolvido deve cuidar de seus trabalhadores, que merecem uma proteção que muitas vezes no passado não tiveram", destacou Piñera.

O palco da mais dramática tragédia na história da mineração chilena exigia um investimento de 8 milhões de dólares para garantir a segurança dos operários. Os proprietários da mineradora San Esteban, Alejandro Bohn e Marcelo Kemeny, foram acusados por famílias dos trabalhadores, parlamentares e autoridades pela falta de segurança na jazida, que começou a ser explorada no século XIX.

Antes, porém, de se decidir o que será feito com a mina San José, a Justiça precisa selar o futuro da empresa San Esteban - que está afundada em dívidas de aproximadamente 19 milhões de dólares - e definir a responsabilidade penal de seus proprietários - que foram processados pelas famílias dos mineradores que ficaram soterrados e dos quais são exigidas indenizações de 12 milhões de dólares.

FUTURO

Agora, passada a euforia do resgate dos mineiros no Chile, começam os questionamentos quanto ao futuro dos 33 operários, de suas famílias e do setor de mineração chileno.

Confira a seguir uma série de perguntas e respostas sobre as questões que pairam sobre o grupo resgatado, sobre os demais trabalhadores da mina San José e sobre a indústria mineradora.


O QUE SERÁ DOS 33?

Sem querer, os mineiros passaram de trabalhadores anônimos a celebridades midiáticas. O futuro imediato lhes reserva casamentos, férias, propostas na TV, na literatura e no esporte.

Psicólogos chamam atenção para as possíveis consequências do episódio vivido pelos homens, como estresse pós-traumático e impactos da fama inesperada. “É provável que alguns mineiros experimentem uma mudança em seu estilo de vida, no trabalho e nas relações afetivas”, disse Pedro Arcos González, diretor da unidade de pesquisas em emergência e desastres da Universidade de Oviedo, na Espanha.

O risco de que sofram de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) também existe: o indivíduo “revive” com lembranças e pensamentos a situação traumática e disso podem derivar sintomas físicos, como insônia e irritabilidade. “O problema pode se desenvolver de forma aguda, que pode durar de dois a três meses e desaparecer, ou crônica, que requer apoio psiquiátrico ou psicológico de longo prazo”, diz González.

ELES SERÃO CAPAZES DE TRABALHAR EM UMA MINA NOVAMENTE?

Isto dependerá das necessidades de cada um e de sua força psicológica, o que vai variar entre os mineiros. Alguns já adiantaram que pretendem abandonar a mineração.

A porta-voz da Presidência do Chile, Ena Von Baer, disse que o governo vai ajudar na recolocação profissional dos 33 e o Parlamento chileno discute possibilidade de aprovar uma pensão aos mineiros.

O QUE VAI ACONTECER COM OS DEMAIS TRABALHADORES DA MINA SAN JOSÉ?

Desde que a mina deixou de operar, cerca de 300 trabalhadores ficaram sem emprego.

O mal-estar entre os empregados da mineradora San Esteban, que é dona da mina San José, ficou mais claro depois que a empresa anunciou sua intenção de pedir falência, o que deixa dúvidas quanto a quem arcará com os custos do resgate e com suas obrigações trabalhistas. Os bens da San Esteban estão congelados pela Justiça chilena, e até 23 de outubro a empresa deve anunciar se poderá ou não pagar seus credores.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse que a mina de San José não será reaberta até que garanta a segurança dos trabalhadores.

O QUE PLEITEIAM AS FAMÍLIAS?

As famílias dos mineiros moveram processo de US$ 12 milhões contra a mineradora San Esteban.

A mina fora fechada em 2007 por uma explosão acidental, que resultou na morte de um trabalhador, e acabou sendo reaberta um ano depois. A reabertura foi alvo de críticas dos advogados dos familiares, que alegam negligência por parte de fiscais estatais e da mineradora.

No acidente do dia 5 de agosto, quando acesso à mina foi bloqueado, os 33 mineiros soterrados não puderam sair porque o duto que supostamente serviria como via de escape não contava com as escadas necessárias.

O QUE OCORRERÁ À INDÚSTRIA DE MINERAÇÃO CHILENA?

O acidente da mina San José evidenciou a necessidade de fiscalizar e garantir a segurança na atividade mineradora, importante motor da economia chilena.

Especialistas afirmam que a legislação do setor, de 1983, é suficientemente forte quanto à segurança de operários, mas advertem que a fiscalização das normas é insuficiente. Imediatamente após o acidente do dia 5 de agosto, críticas ao despreparo do governo forçaram Piñera a demitir o diretor da Sernageomin (Serviço Nacional de Geologia e Mineração), entidade reguladora do setor.

As minas pequenas e médias sentiram o impacto do acidente, já que o governo foi pressionado a fechar dezenas de projetos alegando problemas de segurança. Investidores do setor acusaram Piñera de “caça às bruxas” para encobrir erros cometidos no caso da mina San José. Mas, mesmo que esses pequenos empreendimentos sejam fechados em definitivo, é pouco provável que haja efeitos sobre o fornecimento chileno ao mercado mundial, já que o grosso de sua produção vem das grandes mineradoras.

Por outro lado, os mineiros chilenos estão entre os mais bem remunerados da América Latina e alguns chegam a receber bônus de US$ 25 mil por contratos com empresas de grande porte.

Créditos: BBC Brasil | Revista Veja




Fonte: http://www.passeiweb.com/saiba_mais/atualidades/1287159351