Rádio Extraclassse Kolping

domingo, 18 de setembro de 2011

CRISE ECONOMICA MUNDIAL: A QUEBRA DO LEHMAN BROTHERS



Crise Economica Mundial: A quebra do Lehman Brothers

Há exatos três anos – dia 15 de setembro de 2008 – a quebra de um gigante da economia norte-americana deflagrava uma crise cujas consequências vem refletindo em nosso cotidiano até os dias de hoje. Fundado no ano de 1850 por três judeus imigrantes da Alemanha, o Lehman Brothers era um dos gigantes de Wall Street.  A quebra do banco de investimento desencadeou a maior crise financeira da história mundial, desde a Crise de 1929, que gerou a Depressão de 1930.
Para muitos estudiosos, a falência do Lehman Brothers foi reflexo e consequência inevitável de outras medidas tomadas na economia norte-americana, mas o fato é que foi a falência do que era o quarto banco de investimento dos EUA, com 25 mil funcionários e atuação em diversos países do globo que disparou o gatilho para a crise e para uma profunda instabilidade econômica no país mais poderoso do mundo. O Lehman havia investido fortemente em títulos ligados ao mercado imobiliário e voltados a pessoas com alto risco de inadimplência, o que fez crescer a desconfiança dos investidores em relação à instituição. De 2007 para 2008 as ações do banco despencaram mais de 95%, de US$ 82 para menos de US$ 4.
É importante entender que a falência do Lehman Brothers aumentou exponencialmente o clima de insegurança e instabilidade que vinha se instalando no mercado norte-americano e mundial. Com mais de US$ 600 bilhões em ativos – conjunto de valores, direitos, bens e etc. que formavam o patrimônio do banco - no mundo todo, o Lehman era um importante pilar da economia global por seu tamanho e por sua tradição. Apesar disso, ninguém possuía conta corrente ou talão de cheques no Lehman Brothers. Por ser um banco de investimento, a instituição focava suas atividades em operações e investimentos complexos. Suas transações se davam principalmente com governos, companhias e outras instituições financeiras.
George W. Bush, presidente dos EUA em 2008 procurou tranquilizar a população e os investidores, se mostrando confiante no mercado financeiro e em sua flexibilidade para se ajustar à quebra do Lehman. Mas o que se viu foi pânico e o colapso em quase todos os sistemas financeiros do mundo. Isso obrigou muitos governos, inclusive o norte-americano, a injetar trilhões de dólares em suas economias como medida emergencial e na tentativa de evitar estragos ainda maiores. Esses investimentos súbitos são parte da explicação para o endividamento de alguns estados que enfrentam um forte período de crise atualmente, por exemplo, a Grécia.
Não foi apenas o Lehman que sofreu os efeitos da crise economia nos Estados Unidos. Nove das 20 maiores quebras de empresas nos últimos 30 anos se deram entre os anos de 2008 e 2009. Embora o estopim do problema seja considerado a quebra do Lehman, especialistas identificam o ponto inicial da crise alguns anos antes, em função dos atentados de 11 de setembro de 2001. Para aquecer a economia dos EUA, fortemente abalada pela queda das torres gêmeas, o Banco Central americano cortou as taxas de juros no país. Com essa atitude, imediatamente as empresas começaram a prosperar, o volume de consumo cresceu drasticamente e os bancos aumentaram a disponibilidade de crédito, mesmo para pessoas que não tinham condições de saldar as hipotecas. Esse nicho ficou conhecido como o mercado subprime. Com o estouro da bolha imobiliária, os juros cresceram e os imóveis desvalorizaram, aumentando o nível de inadimplência e inviabilizando a operação de muitos bancos, provocando a quebra de muitos gigantes da economia mundial e, de certa forma desencadeando uma série de efeitos que ainda repercutem – e provavelmente repercutirão por um bom tempo – em nosso cotidiano. 

Fonte:
http://vestibular.com.br/atualidade/crise-economica-mundial-a-quebra-do-lehman-brothers

Nenhum comentário:

Postar um comentário