Rádio Extraclassse Kolping

sábado, 1 de outubro de 2011

AS MULHERES E O VOTO


Publicado em 28/09/2011
As mulheres e o voto

No último domingo, 25, as mulheres da Arábia Saudita conquistaram um direito muito importante: o de votar. A medida foi anunciada pelo rei Abdullah bin Abdulaziz al-Saud e vale a partir de 2015. Além de votar, as mulheres sauditas também vão poder concorrer a cargos políticos. A conquista é um grande passo em um país que é considerado um dos piores do mundo para as mulheres: numa lista onde figuram 165 nações, a Arábia Saudita ocupa o posto 147.
Entretanto, as mulheres ainda tem muito que conquistar no país que é hoje o maior exportador de petróleo do mundo e uma verdadeira potência econômica no Oriente Médio. O petróleo representa 75% da renda do governo Saudita. Para exercer os direitos políticos, as mulheres precisam da autorização de um homem da família, assim como precisam dessas permissões para viajar, trabalhar, ter atendimento médico ou estudar.  Essa reforma tem mais efeito simbólico do que prático e é uma tentativa do governo de conter a pressão causada pela “Primavera Árabe” que vem derrubando diversos governos ditatoriais.
Ultimamente, as mulheres da Arábia Saudita também vem reivindicando o direito de dirigir. Para isso, foram amplamente utilizadas a internet e as redes sociais. Neste vídeo no youtube é possível ver mulheres que fazem parte do movimento Women2Drive desafiando a proibição, e conduzindo veículos pelas ruas do país.http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QHzLi9LCX2E.
É importante saber que não há nada no código pena que proíba as mulheres de dirigir, mas que essa restrição é imposta pela tradição e pela religião. De acordo com a Revista Época, a primeira mulher a dirigir foi a duquesa francesa Anne d’Uzès, em 1898.
No Brasil, as pioneiras foram Maria José Pereira Barbosa Lima e Rosa Helena Schorling, no início do século XX. Já o direito feminino ao voto, foi conquistado dia 24 de fevereiro de 1932. Entretanto, apenas as mulheres casadas, viúvas e solteiras com renda própria poderiam votar. As casadas não participavam das eleições sem a autorização do marido. Já no Código Eleitoral de 1934 acabou com essas restrições sem, no entanto, tornar o voto feminino obrigatório, como era o masculino. A obrigatoriedade das mulheres nas urnas só passou a valer a partir do ano de 1946.
O estado do Rio Grande do Norte foi pioneiro no que diz respeito às mulheres e às urnas, o que também era conhecido como o voto de saias. Em 1927, o estado foi o primeiro do Brasil a permitir que as mulheres votassem, e cinco anos depois a conquista se espalhou para todo o país. Segundo a Folha de São Paulo, também foi potiguar a primeira mulher a ocupar um cargo eletivo no Brasil: foi Alzira Soriano que em 1928 se elegeu prefeita de Lajes.  Foi no ano de 2011, no entanto, que a pela primeira vez uma mulher chegou ao cargo mais importante da política brasileira. Ministra da Casa Civil no governo Lula, Dilma Rousseff foi eleita no dia 31 de outubro de 2010, com 56,05% dos votos válidos, derrotando o tucano José Serra, no segundo turno da disputa eleitoral.
Atualmente, no Brasil, o voto é obrigatório para todos os cidadãos dos 18 aos 60 anos. Podem escolher se votam ou não maiores de 60 anos, jovens entre 16 e 18 anos e analfabetos. 

http://vestibular.com.br/noticia/as-mulheres-e-o-voto
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