Rádio Extraclassse Kolping

domingo, 10 de abril de 2011

Cursos surgidos por causa do Reuni podem criar problema na oferta de vagas da UFBA

Os BI (bacharelados interdisciplinares), que surgiram com o Reuni, podem criar um problema na oferta de vagas da UFBA (Universidade Federal da Bahia) em dezembro deste ano. Os alunos que optaram por essa área têm garantida uma cota de 20% nos cursos específicos de graduação do ano que vem, caso queiram prosseguir com os estudos. Mas, e se houver mais candidatos que vagas?



Para contornar a situação, a reitora Dora Leal admite a possibilidade de a UFBA ampliar o número de vagas na mesma proporção das cotas de acordo com os pedidos. “Nada está definido, mas existe esta possibilidade”, diz. Uma pesquisa entre os estudantes matriculados nos BI vai mapear os cursos onde pode ocorrer uma demanda maior. “A partir dos resultados desta pesquisa vamos tomar uma posição”, afirma a reitora.
“Se aparecerem mais candidatos do que vagas para um determinado curso, haverá uma seleção cujos critérios serão definidos por cada unidade. (…) De qualquer forma, a concorrência será sempre inferior à do vestibular tradicional", diz.
O processo seletivo para o ingresso nos bacharelados é igual ao da primeira fase do vestibular, com o acréscimo da redação, atualmente exigida apenas na segunda etapa. Ao concluir o curso, o estudante recebe o diploma em área geral de conhecimento (artes, humanidades, ciências e tecnologias e saúde) e poderá atuar em empregos que exigem diploma de nível superior, sem especificar profissão regulamentada por conselhos profissionais. O curso também permite que os formandos ingressem na pós-graduação (mestrado e doutorado).

Déficit de professores

Além da possível falta de vagas, a UFBA já enfrenta outro problema: a falta de professores. A reitora reconhece que a UFBA opera com um déficit de 500 professores (atualmente existem 2.699 do quadro permanente) e que também há carência de servidores técnicos e administrativos. “Somente a Escola Politécnica possui mais de 60 laboratórios e precisa de pessoas especializadas”, diz.
Apesar disso, afirma Dora, houve crescimento em algumas áreas. “Aumentamos os cursos de graduação (de 55 para 112), o número de alunos matriculados na graduação (de 17.941 para 28.477), implantamos mais mestrados (de 44 para 61) e doutorados (de 17 para 42) e assinamos mais convênios com universidades estrangeiras (de 53 para 229), apenas para citar alguns pontos importantes.”

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