Rádio Extraclassse Kolping

sábado, 14 de maio de 2011

JAPÃO: DAS BOMBAS AO VAZAMENTO NUCLEAR


Japão: das bombas ao vazamento nuclear
Os habitantes da cidade de Fukushima, onde houve o vazamento de uma usina atômica japonesa este ano, começam a voltar hoje para casa. O vazamento ocorreu após o aquecimento da usina, com o terremoto e o tsunami que abalaram o país. Essas não são as únicas tragédias memoráveis do Japão. Quando ouvimos falar sobre o papel do país na Segunda Guerra Mundial, logo lembramos de Hiroshima e Nagasaki, duas cidades-alvo dos maiores ataques nucleares da história, em 1945.
Na época, alemães e italianos já haviam se rendido. Em abril daquele ano, a Alemanha estava cercada e Hittler se suicidou. O alto comando alemão assinou a rendição do país e, na Europa, a Guerra terminou. O Japão, contudo, ainda não havia se rendido. No verão de 1945, os Estados Unidos planejavam uma eventual invasão em massa no Japão, e afirmaram que as bombas e a consequente rendição do Japão salvaram muitas vidas. O secretário de guerra Henry Stimson escreveu, em 1946, que os mortos poderiam ter superado um milhão se a invasão em massa tivesse ocorrido. Há estudos históricos que refutam essa hipótese.
A história da bomba atômica começou em 1938, quando os cientistas alemães Otto Hahn e Fritz Strassmann conseguiram, pela primeira vez, dividir um átomo. Essa experiência deu início ao desenvolvimento de armas atômicas na Alemanha. No ano seguinte, o cientista Albert Einstein avisou o presidente americano Franklin Roosevelt de que a Alemanha poderia estar construindo uma bomba nuclear, e pediu para que houvesse um adiantamento das pesquisas nucleares nos Estados Unidos. Em junho de 1942, os Estados Unidos passaram a desenvolver seu programa secreto de armas atômicas, o projeto Manhattan.
Após a rendição da Alemanha e da Itália (dois dos países do Eixo), os Aliados (Estados Unidos, França e Inglaterra) pediram também a rendição do Japão (o terceiro país do Eixo), que não atendeu ao pedido. Os Estados Unidos fizeram um teste nuclear no Novo México e avisaram o líder soviético Joseph Stalin de que possuíam a bomba atômica.
Na manhã de 6 de agosto de 1945, o avião americano Enola Gay (o nome foi dado em homenagem à mãe do piloto) lançou a bomba “Little boy” (pequeno menino, em inglês) em Hiroshima. Harry Truman foi o presidente americano que ordenou o ataque. A cidade possuía mais de 300 mil habitantes. 140 mil pessoas morreram com a explosão da bomba de 60 toneladas de urânio.
A bomba atômica espalhou material radioativo em uma enorme nuvem de poeira. Após a explosão, começou a chover. A água continha radioatividade, mas as pessoas bebiam a água sem saber que lhes ofereceria riscos. Muita gente faleceu depois da explosão devido ao surgimento de doenças como o câncer e a necrose. Descendentes de vítimas de Hiroshima apresentaram, mais tarde, problemas de saúde.
Nagasaki foi atacada três dias depois. Na verdade, os planos americanos eram de que a bomba fosse lançada em Kokura em 9 de agosto. Devido às condições meteorológicas da cidade, porém, decidiu-se lançar a bomba “Fat man” (homem gordo, em inglês), constituída de plutônio, sobre Nagasaki. O piloto ia se dirigir ao local onde iria lançá-la, mas pela falta de combustível teve de fazê-lo onde estava, em um vale. A destruição em Nagasaki também foi imensa, com a morte de 80 mil pessoas. O Japão se rendeu em setembro, colocando fim à Segunda Guerra Mundial.
Dica de livro sobre o assunto: “Hiroshima”, de John Hersey.

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