Rádio Extraclassse Kolping

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ciclo hidrológico: água, chuvas, enchentes



Recentemente, uma série de catástrofes naturais envolvendo a água estamparam as capas dos principais jornais do mundo. Dentre os exemplos brasileiros podemos citar as enchentes em Santa Catarina, em novembro de 2008, que chegaram aos noticiários internacionais, e as inundações subsequentes em estados como São Paulo e Minas Gerais. Em abril de 2010, o caos se instalou no Rio de Janeiro, também devido ao excesso de água na superfície.



O nordeste dos Estados Unidos sofreu com a chuva de março do mesmo ano, que deixou em estado de emergência algumas regiões de Rhode Island, a 300km de Nova Iorque. Em maio passado, as águas acumuladas em cidades da costa leste australiana chegaram a dez metros de profundidade.

Ação do homem?

Um dos principais argumentos para os estragos causados pelo excesso de chuvas é a ação do homem, que envolve desmatamento, cobertura do solo com estradas e outras pavimentações, ocupação desordenada e sem sistema de escoamento de água, dentre outros motivos.

A interferência humana, em todos esses casos, se dá por afetar elementos e etapas do chamado ciclo da água, ou ciclo hidrológico. É o processo pelo qual a água passa de um estado físico a outro - líquido, vapor, sólido - e mantém, através disso, o equilíbrio de outros ciclos vitais no planeta.

Ciclo hidrológico

A água existe no planeta, simultaneamente, nos três estados. Em vapor, na atmosfera; em líquido, nos rios, mares e lagoas, além de lençóis freáticos; e sólido, nas geleiras e no topo de montanhas - dentre outros. O composto de duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio também existe em organismos de todos os tipos - o exemplo mais óbvio é o corpo humano, cuja formação é mais de 70% água.

O ciclo hidrológico consiste, pois, no movimento da água ao longo dos processos dos quais participa, nas metabolizações em que é utilizada e nas ações naturais. Existem três fases básicas neste processo: evapotranspiração, precipitação e escoamento.

A evapotranspiração é a etapa em que a água passa do estado líquido para o gasoso, seja por evaporação (calor do sol em reservas como oceano, rios, etc) ou pela transpiração de plantas e animais. O vapor na atmosfera eventualmente condensa, ou seja, volta a ser líquido. Neste processo, formam-se gotículas, que permanecem suspensas no ar por um tempo.

Quando as gotículas estão em quantidade e/ou temperatura suficiente, elas precipitam, e temos chuva, granizo ou neve. Caindo na superfície, a água ou se deposita - em lagos, lençóis freáticos, mares, topos de montanhas, por exemplo - ou escoa, infiltrando-se na terra e escorrendo para regiões de menor altitude, em geral de volta aos rios e oceanos.

Chuvas x enchentes

É justamente na parte do escoamento das chuvas que se considera a ação do homem na superfície da terra como uma das causas de enchentes. Naturalmente, uma parte da água que penetra no solo é absorvida pelas raízes das plantas - que, proporcionalmente, quase não existem nos centros urbanos.

Nas cidades, as construções e as pavimentações acabam cobrindo de cimento e concreto uma boa parte da terra, impedindo assim que a água se infiltre. A solução humana para contornar essa questão, na verdade, seriam os sistemas pluviais, com tubos subterrâneos que receptam a chuva na superfície por bueiros e levam-na até o rio ou o mar. Mas então existe a questão do lixo nas cidades, que entope os bueiros, e o crescimento desordenado, em que as populações aumentam sem que as redes de água e esgoto sejam ampliadas.

Fenômenos naturais

Aproveite que o tema é água e faça uma revisão sobre os fenômenos naturais que envolvem água - como tsunamis, maremotos e ciclones, por exemplo. Considerando os terremotos do Haiti, em janeiro de 2010, e do Chile, no mês seguinte, considere rever a causa de outros fenômenos catastróficos.

Fonte: http://www.vestibular.com.br/mostradica.php?cod=41

Nenhum comentário:

Postar um comentário