Rádio Extraclassse Kolping

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Os mais numerosos do planeta: os vírus


O inverno de 2009 foi marcado pelo quase-pânico mundial por causa da Gripe A - também conhecida como Influenza A (H1N1) e que inicialmente era chamada de gripe suína. Em 2010, medidas preventivas vêm sendo adotadas, como por exemplo a vacinação, recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) a grupos de risco - gestantes, idosos, populações indígenas e agentes de saúde -, e que alguns países, como o Brasil, estenderam aos jovens. Apesar do cuidado, a Gripe A ainda está em pauta e é um tema em alta para a prova de Biologia.

O H1N1 é um subtipo do vírus Influenza A, com genes de cinco origens diferentes, dentre elas as de gripes suínas características da Ásia e da Europa. Saber detalhes sobre a Gripe A, no entanto, talvez não seja o foco das provas em 2010, uma vez que o assunto está na boca do povo. As questões podem enviesar por outro caminho, questionando o que são vírus, sua posição na classificação biológica, sua ação no organismo e, é claro, sua prevenção a partir de vacinas.

Maior população viva do planeta

Animais, plantas e mesmo bactérias estão sujeitos a viroses. Desde a descoberta, em 1898, pelo holandês M. W. Beijerinck, mais de 5 mil vírus foram descritos, embora saiba-se da existência de milhões de tipos. Em termos de composição, observa-se duas ocorrências: aqueles que têm material genético (RNA ou DNA) e membrana proteica (a cápsula) apenas, e os que também têm uma camada de lipídios para proteção quando fora das células.

Mas esta estrutura não é celular, e por isso existe a discussão sobre classificar os vírus como seres vivos ou apenas como compostos orgânicos que interagem com organismos vivos. Sustentando a primeira tese, leva-se em conta a falta de estrutura celular e o fato de que os seres mais abundantes do planeta só se reproduzem dentro de células hospedeiras. Por outro lado, da mesma forma que animais e plantas, vírus estão sujeitos à seleção natural, e herdam mutações genéticas quando se reproduzem. O material genético pode ser RNA ou DNA, sendo que os do primeiro tipo costumam ser mais simples e mais susceptíveis a mutações.

Minúsculos e destrutivos

É justamente no processo de reprodução que os vírus são prejudiciais às células hospedeiras. Tanto no caso de se fixarem à membrana da célula pelo lado externo e injetar o material genético a ser replicado, quanto no de entrar completamente na célula, o vírus acaba atrapalhando o funcionamento da estrutura.

Vale lembrar que necessariamente o vírus não mata a célula, embora isso aconteça muitas vezes. Em alguns casos, há proliferação desregrada, podendo causar câncer (oncovírus), ainda que às vezes também essa reprodução descontrolado não seja maligna. Em outros casos, o vírus pode ficar inativo, ou latente, sem causar alterações nas funções normais da célula - situação frequente com a herpes, e o HIV (em uma parcela dos portadores), sendo casos em que a descoberta da infecção só se dá por exame clínico.

Ainda não se conhecem medicamentos para curar viroses, o próprio sistema imunológico reage contra os vírus. As proteínas destes, diferentes das do corpo infectado, são identificadas e entendidas como invasoras, então o organismo produz anticorpos para eliminar os hóspedes indesejados. O que se pode fazer, então, é tratar os sintomas - como dores de cabeça e no corpo, no caso da gripe comum - ou prevenir a infecção. Neste último caso, utilizam-se vacinas, forçando a produção de anticorpos previamente à invasão do organismo.

Em resumo, a Gripe A pode vir à tona nas provas do vestibular em questões sobre vírus de maneira geral - o que são, em que diferem das bactérias e parasitas, por que causam doenças, como preveni-las - e também sobre assuntos relacionados, como vacinas, transcrição, tradução e replicação de RNA e DNA, políticas públicas de saúde para conter epidemias, funcionamento do sistema imunológico, dentre outros.

Fonte: http://www.vestibular.com.br/mostradica.php?cod=42

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